O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (22) que o cronograma da reforma da Previdência poderá sofrer mudanças em função dos acontecimentos políticos da semana passada, mas defendeu que os efeitos positivos não são imediatos e vão surtir efeito principalmente na próxima década.
Em teleconferência com investidores do JP Morgan e falando em inglês, Meirelles afirmou que um atraso de um ou dois meses na apreciação do texto não fará diferença.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer, a partir de acusações feitas pelo presidente da JBS, Joesley Batista, em delação premiada.
A crise política deflagrada colocou dúvidas sobre a capacidade do peemedebista conseguir aprovar as reformas da Previdência e trabalhista no Congresso. Os relatores dos dois projetos já anunciaram a pausa de sua tramitação.
O secretário da Previdência, Marcelo Caetano, afirmou em entrevista publicada neste domingo (21) que as mudanças nas regras para aposentadoria terão que ser mais fortes caso a reforma demore para ser aprovada.