O presidente foi enfático ao afirmar que não renunciará em pronunciamento no início da tarde desta quinta-feira,18/05, um dia após o vazamento de delações que envolvem seu nome na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. O presidente cobrou investigações plenas e ágeis para que, em suas palavras, não se crie um clima dúbio sobre sua pessoa.
Temer afirmou que cobrou do Supremo Tribunal Federal (STF) os áudios gravados pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, que envolveria seu nome, mas até o momento do pronunciamento disse que não havia recebido nada.
Temer lembrou que as acusações envolvendo seu nome acontecem em um momento de retomada da economia. “O governo vive seu melhor e seu pior momento. Nessa semana tivemos a queda da inflação, o crescimento da economia, geração de emprego. Criamos esperança e as reformas estavam caminhando”, disse.
Ele enfatizou que essas conquistas não podem ser perdidas por causa de “conversas gravadas clandestinamente que podem trazer novamente o fantasma da crise política”.
“Todo o esforço para tirar o país da recessão pode ter sido inútil”, afirmou o presidente, apelando para que as conquistas “não sejam jogadas no lixo”.
Temer confirmou que recebeu e ouviu o relato do empresário da JBS, mas garantiu que nunca mandou comprar silêncio de quem quer que seja. “Não comprei o silêncio de ninguém porque não temo delação. E nunca autorizei que usassem meu nome indevidamente”, disse o presidente.
Veja abaixo a íntegra do pronunciamento.