O oba-oba da renda fixa está chegando ao fim. Com a queda da taxa básica de juros, a Selic, é hora de pensar em diversificar seus investimentos e arriscar um pouco mais. É nesse cenário que os fundos multimercados ganham atratividade.
O fundos multimercados captaram 20,2 bilhões de reais no 1º trimestre e só ficaram atrás dos fundos de renda fixa, que captaram 74,2 bilhões de reais. “De forma gradual, há uma tendência de realocação da renda fixa. Com queda de juros, os multimercados ganharão atratividade”, explica o vice-presidente da Anbima, Carlos Ambrósio.
Mas por que essa tendência? Com a queda da taxa Selic, que serve de referência para os investimentos de renda fixa, fundos mais conservadores, títulos públicos e CDBs podem continuar pagando bem, mas menos do que no ano passado.
Ou seja, pode valer a pena arriscar um pouco mais para tentar ganhar retornos maiores. Nos últimos 12 meses, os fundos multimercados do tipo “Macro”, em que os gestores acompanham os movimentos da macroeconomia, chegaram a um retorno médio de 23%.
Os fundos multimercados ficam no meio do caminho entre os investimentos ultraconservadores e os mais arriscados, como ações e câmbio. O gestor desse fundo investe o seu dinheiro em ativos de renda fixa e de renda variável, e pode acompanhar movimentos de mercado para evitar volatilidade ou tentar ganhar mais.
“Entre os multimercados, há fundos tão conservadores quanto renda fixa e fundos mais agressivos do que os fundos de ações. É melhor começar nos que oferecem menos risco”, explica Sandra Blanco, consultora de investimentos da Órama.